O Tempo da Nossa Mãe

Como ja vos confidenciei, tive o privilegio de partilhar casa com os meus avôs paternos. Ainda que fossem dois andares independentes eles estavam por baixo de nós e muitas vezes, durante o dia, eu andava atrás deles. Adorava ouvir as histórias que contavam e adorava aprender a fazer coisas com eles. Herdei do meu avô a paixão de andar descalça. Em casa passo a vida descalça... Nos meus pais desde pequena que corria pela terra descalça...e o Gui também ja herdou isso de mim 😜 O meu avô era igual...ele cavava a terra sempre descalço. Tinha aquelas plantas dos pés super duras por andar sempre descalço na terra. Como vos contei anteriormente, ele nao adoecia com nada. Tinha uma saúde de ferro...até o inimaginável nos bater à porta 😟 No início do meu secundário começamo-nos a aperceber que o meu avô andava cada vez mais esquecido. Havia dias que ficava perdido nos pensamentos...Havia dias que tinha de pensar bem antes de dizer os nossos nomes. E houve até um dia que foi para o monte e s

O namoro ia avançando e as coisas corriam às mil maravilhas. Até que num fim-de-semana vou a Valpaços, combino com o Hugo encontrar-me com ele num café, e pelo caminho encontro um amigo meu que me diz com toda a convicção: "Ana o teu namorado jogou no Benfica!". E eu com cara de estupida solto uma gargalhada e respondo-lhe: "Sim claro...e eu sou o Pai Natal. Namoro com ele há quase 3 meses, achas que se isso fosse verdade eu já não tinha descoberto?" Ao que ele me responde: "Então pergunta-lhe...Estou-te a dizer que sei bem quem ele é!" Saí de perto dele cheia de "macaquinhos" na cabeça. Esse meu amigo é doente pelo Benfica. Eu tinha noção disso...e tinha a certeza que era difícil estar enganado. Mas por outro lado...porque é que o Hugo me haveria de esconder uma coisa dessas? E durante quase 3 meses como é que nunca me apercebi de nada? Quando chego ao café ele apercebeu-se que eu estava com cara de caso e perguntou-me o que é que eu tinha

Nunca fui muito de namorar. Até aos 18 anos tive 3 namorados. Cada um desses namoros só durou entre 1 mês a 2 meses. Rapidamente ou eu, ou eles, percebíamos que não iria resultar. Quando terminei o 12ºano, tal como já vos disse anteriormente, estive a trabalhar numa pizzaria durante as ferias de Verão.🌞 Lembro-me da data que vi pela primeira vez aquele que roubou o meu coração: 20 de Agosto de 2005. Lembro-me que estava sentada com uma amiga numa esplanada, na minha hora de descanso, quando o vi passar. Logo eu que nunca liguei nenhuma a homens, que nunca andei atrás de nenhum (até porque sou muito tímida na parte do amor), olhei para ele e disse a brincar à minha amiga “um homem assim jeitoso é que não me calha na rifa”. Até parecia que já adivinhava o que o destino tinha reservado para nós… Era dia 30 de Agosto quando aproveitei uma tarde de folga para ir ter com umas amigas a um bar chamado “ Amo-t3 Bar”.  Estava sentada numa mesa quando um colega do meu irmão me chamou à

Nasci a 27 de Fevereiro de 1987, numa pequena cidade (na altura ainda era vila), em trás-os-montes, que dá pelo nome de Valpaços ❤ Para quem não conhece, fica entre Chaves e Mirandela e pertence ao distrito de Vila Real.  Lá não sou a Ana...Sou a Catarina (é como toda a minha família me trata desde que nasci, pelo segundo nome). Sou filha de costureira e de um ex trolha que agora já há mais de 20 anos que é condutor de autocarros.  Lembro-me de ser bem pequenina e de brincar com tecidos e botões, enquanto observava a minha mãe a trabalhar ou a atender clientes, lá em casa. Aos 5 anos cosi o meu primeiro botão. 5 anos, leram bem... Por isso, estranho quando alguém me diz que não sabe coser nem um botão, porque para mim é algo muito banal e que sei fazer desde sempre. A única coisa que correu mal quando tentei aprender costura com a minha mãe foi quando aos 10/11 anos decidi aprender a coser na maquina de costura dela (daquelas antigas e com pedal grande), pois exatamente na